segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Primeira parte do livro de Acácia Kuenzer

Síntese elaborada pela bolsista de Iniciação à Docência, do Subprojeto de Educação do Campo, Raquel Sampaio, a partir do estudo da Primeira Parte do livro “Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho”, organizado por Acácia Kuenzer.

O Ensino Médio para os que vivem do trabalho: construindo uma nova concepção
> Elaborar o  projeto pedagógico , observando as especificidades da comunidade , as necessidades dos alunos e as possibilidades da própria escola.
> Os cuidados para elaborar a proposta com clareza, do ponto de vista daqueles que frequentam a escola pública: os trabalhadores.
> A partir desse ponto de vista, faz-se necessária uma releitura dos textos legais: a lei.
Finalidades e Objetivos:
Artigo 5 da LDB:
 I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos;
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV – a compreensão dos fundamentos científicos-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
Defendendo a concepção:
> Superar a dualidade socialmente definida, entre educação geral e educação específica;
> Conceito de trabalho como práxis humana;
> Usar conhecimentos científicos de todas as áreas para resolver situações do cotidiano.
Ao Ensino Médio cabe possibilitar o aluno:
> Aprender permanentemente;
> Refletir criticamente;
> Agir com responsabilidade individual e social;
> Comportar-se de forma solidária;
> Acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais;
> Enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, metodológicos e sócio históricos;
> Ter utopia, a orientar a construção de seu projeto de vida e sociedade.
A função social do Ensino Médio
> A escola média deverá ser capaz de, articulando ciência trabalho e cultura, exercer a sua função universalizadora, através de um projeto político pedagógico que permita o enfrentamento dessas limitações.
> É a nova finalidade do Ensino Médio Público: ser geral sem ser genérico e relacionar-se ao trabalho sem ser estreitamente profissionalizante. 
Princípios para a organização da proposta político-pedagógica:
> Universalização
> Unidade de Orientação
> Diversificação de modalidades
> Integração entre ciência, trabalho e cultura
> Identidade
> Autonomia
> Avaliação
A proposta Pedagógica: Os novos determinantes sociais e econômicos do projeto político pedagógico
> “As pesquisas que tem sido realizadas sobre a nova demanda de educação a partir das mudanças no mundo do trabalho tem mostrado que o principal impacto se dá na relação entre o homem e o conhecimento” (Kuenzer, 1998).
Por quê?
Porque...
> Existem propostas curriculares com disciplinas rigidamente organizadas e sequenciada segundo a sua própria lógica;
> Os conteúdos são repetidos de forma linear e fragmentada;
> Alunos cumpridores de tarefas mecânicas, reduzindo sua relação com o conhecimento a produções repetitivas de cópia.
> A habilidade cognitiva principal é a memorização de exercícios;
> Avaliação se resumo a controle externo e pontual daquilo que foi memorizado ou automatizado.
Todos esses fatores intensificaram a fragmentação do trabalho manual e intelectual.
Entretanto...
Exige-se agora um novo tipo de trabalhador:
> Que tenha mais conhecimentos
> Que saiba comunicar-se adequadamente
> Que trabalhe em equipe
> Que avalie seu próprio trabalho
> Que se adapte a situações novas
> Que crie soluções originais
> Que seja capaz de educar-se permanentemente

Uma conclusão prévia:
“Não é possível enfrentar os novos desafios com a proposta pedagógica do taylorismo-fordismo. Ao contrário, é preciso um novo projeto político pedagógico, que prepare os jovens para ao mesmo tempo atender e superar as revoluções na base técnica de produção com seus perversos impactos sobre a vida individual e coletiva”.

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